Linhagem do famoso garanhão de Grande Prêmio Clinton.
Toda a sua linhagem é de cavalos tordilhos extremamente grandes.
Já tivemos passagem de dois deles na família, Beca e Toscano.
Nascido dia 25/04/2009 na Alemanha, Holsteiner, filho de Clintaro com Ingola (Athlet Z).
História
Estava eu doente na cama quando recebo uma ligação da minha chefe em prantos “vão matar o Clint, por favor faça alguma coisa”. Demorei um tempo para entender o que estava realmente acontecendo.
A dona do cavalo tinha marcado com o veterinário de fazer eutanásia no Clint na manhã seguinte, motivo, cavalo extremamente agressivo!
Ok.. eu conhecia o cavalo, ele era difícil, mas nem perto dos piores que conheci.
Fiz algumas ligações, descobri uns santuários de cavalos que pegariam ele tranquilamente, e achariam uma boa casa ou até mesmo deixariam ele solto em um piquete apreciando a vida (aqui nos USA eles têm bastante locais de resgate de cavalos). Porém ele não poderia estar em nome da dona atual, pois eles não gostariam de ter ligação alguma com alguém capaz de fazer isso.
Bom, nunca pensei em ter um cavalo por aqui, então, não era minha ideia tê-lo para mim.
Liguei para a dona, e ela estava irredutível, falava que ele era extremamente perigoso e que não venderia para ninguém, pois não gostaria de se responsabilizar pelos danos que o cavalo faria ao novo dono.
Foi aí que a questionei se venderia para mim. Conquistei uma boa fama aqui na Califórnia, o pessoal gosta do meu estilo de montada e meu jeito com os cavalos.
Ela disse que sim, na manhã do dia seguinte ele estava vivo e era meu.
Ai que começava o real desafio, tentei tirar ele da baía, por quê? O bicho só sabia empinar, atacar e morder! Voltei logo para a baia, fiquei olhando e pensando “o que vou fazer com você?”
Voltei para casa, ainda estava muito doente, e fiquei pensando que besteira eu tinha acabado de fazer. É um cavalo maravilhoso, tordilho, mais de 1,80m de cernelha, enorme, porém incontrolável.
Passei mais uma semana na cama e fritando a cabeça sobre o que fazer com ele, senão era melhor desistir e colocar para a adoção!
Comecei a pensar no que poderia estar errado com ele. Excesso de suplementos e alimentação para um cavalo que estava basicamente só na baia, toda vez que ele era agressivo as pessoas batiam nele de volta, o que deixava ele mais e mais bravo.
Comecei cortando a alimentação e tentando me aproximar dele. Toda vez que tentava ser agressivo, não dava atenção, quando ele se aproximava de boas, dava um agrado. Ele começou a gostar de chegar perto, pois sabia que seria bom e não iria apanhar. Mas ainda empinava muito quando saía da baia, todos os tratadores não chegavam nem perto dele.
Solução, batata doce, toda vez que sai da baia, dou uma batata doce para ele, fica entretido comendo e vai para qualquer lugar!
O resto, treino ele sempre com recompensa, agrado bastante, criamos um laço. Aquele cavalo extremamente agressivo não existe mais e sim um cavalo feliz e alegre.
Ouço bastante histórias dele, de seu ex treinador, veterinário, ferrador, que ninguém conseguia tirar ele da baia sem sedação e assim vai, mas não estou aqui para contar os pontos negativos dele e o que ele já aprontou.
Só sei que hoje, ele é parte da família, é doce e cauteloso, só que não tem noção do tamanho.
O que vou fazer com ele, não sei, estamos treinando, vamos ver no que dá.
Único problema é que a fama é difícil de sair, então até o presente momento apenas eu lido com ele e selar um dinossauro quando se tem menos de 1,60m de altura é algo bem complexo.
